terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Prêmio Professores do Brasil é entregue em Brasília






16/12/2011
Emilia Sbrocco Dorsa

Um grupo de 39 docentes da educação básica pública de 18 estados recebeu nesta quarta-feira, 14/12, em Brasília, o Prêmio Professores do Brasil. O representante do Consed e secretário de Educação do Distrito Federal, Denilson Bento da Costa, destacou a importância da iniciativa. “Trata-se do reconhecimento ao trabalho realizado pelos professores com empenho, dedicação, compromisso e responsabilidade”, afirmou Denilson.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou que o prêmio promove o intercâmbio de ideias e a criatividade, além de enriquecer o trabalho em sala de aula. “O papel do MEC é jogar luz sobre essas experiências e procurar disseminá-las por todas as escolas”, disse o ministro.


Entre o Passado e o Presente



O cemitério do povo indígena cadiuéu é pequeno. Ali, os corpos são enterrados bem próximos uns dos outros. O motivo é não atrair a morte. Esse mito, o professor Carlos Alberto Panek Júnior conheceu quando foi a uma aldeia daquele povo, em Mato Grosso do Sul. Um dos 39 ganhadores do Prêmio Professores do Brasil deste ano, ele esteve na região para acompanhar pesquisas e aulas práticas de seus alunos.



Carlos Alberto desenvolveu o projeto Entre o Passado e o Presente: as Experiências do Ensino de História no Curso Normal Médio Indígena Povos do Pantanal, com 80 professores das etnias terena, guató, aticum, ofaié, quiniquinau e cadiuéu. Durante a formação dos professores, feita em serviço, Carlos Alberto propôs uma nova forma para se conhecer a história. Primeiro, foi estudada a dos povos indígenas do Brasil; depois a dos oito povos que habitam Mato Grosso do Sul e, por último, a do estado e a do Brasil.



Enquanto liam e debatiam, os professores fizeram pesquisas com os mestres tradicionais, que são os sábios das tribos, sobre a história de cada povo, tradições, costumes, mitos e o papel de homens, mulheres e crianças na comunidade. “Posso dizer que aprendi muito com esse projeto”, diz o educador, graduado em história e mestre em arqueologia dos povos indígenas. O mito cadiuéu de assustar a morte, reservando um lugar pequeno no cemitério, é um dos diversos ensinamentos que a cultura indígena transmitiu ao educador.



O prêmio



Cada educador ganhou R$ 5 mil. À escola na qual o professor desenvolve o projeto irá receber equipamentos audiovisuais ou de multimídia no valor de R$ 2 mil.


Nesta quinta edição do PPB, concorreram 1.616 mil trabalhos. Foram vencedores 39 projetos, desenvolvidos em escolas públicas do Amazonas, Rondônia, Pará, Tocantins, Acre, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Dessa forma a nossa escola, Municipal Vereador Odércio Nunes de Matos, também foi uma das premiadas, através do Projeto da Professora Valdeniza Barbosa Macedo, que trouxe muita alegria para a instituição.



O prêmio foi realizado pelo MEC em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI). A Fundação SM, Intel Brasil, Instituto Votorantim e Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros) são os patrocinadores.

De acordo como o site da SED, http://www.sed.ms.gov.br/index.php?templat=vis&site=98&id_comp=213&id_reg=163294&voltar=home&site_reg=98&id_comp_orig=213




Consed





Nenhum comentário: