segunda-feira, 15 de março de 2010

Profº Ciro José Toaldo - Texto tirado do PORTAL MS

ECONOMIA E VIDA
Naviraí
Segunda-Feira, 15 de Março de 2010 - 16:28

Vivemos o tempo onde o dinheiro e poder estão acima de tudo e de todos. Esse é o tempo onde valores como fraternidade e solidariedade estão longe da pratica cotidiana; muitos que se dizem cristãos e freqüentadores de igrejas, mas esquecem que o grande mestre Jesus Cristo morreu por demonstrar que seus seguidores deveriam “amar-se uns aos outros”.
Esse é um momento oportuno para lembrar de uma Campanha desenvolvida pela Igreja Católica, chamada de Campanha da Fraternidade, nesse ano com o lema: “vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Esse é um tema polêmico, uma vez que os cristãos devem lutar por uma economia que valorize a vida e que se promova uma cultura de paz na construção do bem comum tendo em vista uma sociedade sem exclusão.
Devemos ter em mente que se a economia e o dinheiro estão a serviço da vida, as pessoas passam a ser valorizadas e, conseqüentemente se colocam em prática os ensinamentos de Cristo que tanto ensinou a valorizar a vida. Não há nada de errado em possuir bens materiais e ter dinheiro, a grande questão é que esses bens ficam acima da vida e o consumismo exagerado torna o ser humano medíocre, individualista e indiferente aos problemas sociais; essas são as faces perversas e cruéis do dinheiro e da economia que devem ser analisadas e superadas.
Se formos pessoas comprometidas e se quisermos tirar a cegueira que impede de fazermos algo pelo bem comum, teremos coragem de lutar, no sentido de criarmos laços de igualdade entre as pessoas. A economia é necessária para a geração de mecanismos que ajudam a promover a dignidade humana, contudo a ganância, individualismo e corrupção, presentes na sociedade, fazem dela um mecanismo que gera pobreza. Dessa forma a economia fica a serviço da ‘morte’ e não da ‘vida’.
Caro leitor, pensemos um pouco nesse sistema econômico em que estamos inseridos e tenhamos coragem de refletir, mas faça uma reflexão ampla, não olhe só para o seu umbigo, observe os pontos em que a economia gera vida e os que geram morte. Precisamos romper com certas “idéias” que estão soltas na sociedade, por exemplo: cada um para si e Deus para todos.
Sou da opinião que deveríamos lutar pela construção de uma economia que gera vida e se fundamente na solidariedade, cooperação e igualdades de oportunidades e, isso deve ser demonstrado com atitudes a partir da prática da justiça. E, em ano eleitoral isso é um prato cheio para se discutir. Aliás, você lembra em que deputado estadual, federal, senador, governador e presidente você votou? Se não lembra penso que algo esta errado. E, se lembra: o que eles fizeram pelo bem comum e para gerar uma economia que promove a vida e não a morte?
Se desejarmos viver com equilíbrio, entusiasmo e, acima de tudo com fé devemos descruzar os braços, abrir os olhos e perceber que muito temos que fazer, principalmente para que a economia esteja a serviço da vida.
Pense nisso!
Professor Ciro José Toaldo

3 comentários:

Anônimo disse...

ótimo

Anônimo disse...

maravilhoso. Parabéns

Ciro disse...

Obrigado! Fico feliz por ver que muitos estão com vontade de mudar algo! A economia precisa promover a vida.
Prof. Ciro Toaldo